22 de dezembro de 2009

Inverno em Londres: a primeira neve

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Na última segunda-feira, dia 21 de dezembro, começou oficialmente o inverno no hemisfério norte e com ele a neve se intensificou aqui em Londres. É meu primeiro inverno aqui e estou passando bastante frio, mas isso é uma coisa que acostuma. Estou mesmo é curtindo as novidades, como a neve. É a primeira vez que vi neve na vida e isso me fez voltar um pouco a ser criança (e chegar a andar na rua quase pulando de alegria). Foi um momento mágico, por assim dizer.

Estou chegando perto de completar 3 meses em Londres e muita coisa gira na minha cabeça. Gira principalmente uma pressão interna, vinda de um Rafael que pontuou alguns objetivos e metas para esse projeto de vida. E com tanta coisa nova pra aprender, é muito fácil se desviar das propostas iniciais. É engraçado chegar aqui depois de mais de 2 anos de preparação e parecer que todo esse tempo passou muito rápido e que mesmo sendo longo ele não conseguiu (nem nunca ia conseguir) contemplar todos os pontos importantes de estar aqui.

Não sei se é o frio que contribui pra isso, mas às vezes parece que alguma coisa está faltando. A saudade da família e dos amigos existe, mas a Internet ameniza bastante esse processo; a comida brasileira não tem igual, mas ainda assim os improvisos culinários aqui estão melhores do que eu poderia esperar, pelo menos por enquanto; o meu último trabalho no Brasil, mesmo não sendo tão desafiador quanto eu esperava faz falta por me manter em contato com minha área, ativando sempre aquela parte do cérebro focada nisso, mas aqui tenho um trabalho, que me dá uma graninha pra ajudar nas contas. Mas acho que é isso que ainda falta, algo mais consistente e estimulante que mantenha minha mente ainda mais ativa pra conseguir aproveitar melhor o que essa oportunidade está me oferecendo.

Além do trabalho mais "braçal" aqui, estou fazendo um freela pra minha professora de inglês aqui, Louise Latham. Ela é cantora de folk/acoustic, acabou de lançar um CD por essas bandas e tem um trabalho que me impressionou e encantou (dê uma olhada no MySpace dela). Como ela lançou o CD de forma independente, a empresa responsável pela divulgação cuida mais da parte de negócios e a divulgação propriamente dita (principalmente na Internet) fica por conta dela e de acordo com ela é aí que eu entro. Esse projeto de assessoria pra ela está me dando muito prazer, porque além de eu treinar meu inglês instrumental, acabo entrando na publicidade dentro da área musical, que sempre foi um dos meus objetivos profissionais. E fico feliz que ela (que se auto denomina uma ignorante em informática) está ficando empolgada com as coisas que estou ensinando pra ela nesses nossos encontros.

Mas esse projeto não é o que vai pagar as minhas contas aqui. Acho que isso é o que está tirando meu sono (não literalmente) nos últimos tempos. A empresa pra qual estou trabalhando não é o tipo de empresa, digamos, leal aos funcionários. É o tipo de empresa que tira você da agenda de um evento mas te diz que o evento foi cancelado por "venda de ingressos pobre" e quando você tem o simples impulso de entrar no site do local onde seria realizado, vê que o evento ainda está de pé e é um dos principais da semana. Esse não é o tipo de gente que gosto de trabalhar, de gente com problema com a verdade já bastam alguns exemplos dos últimos trampos. Quero é continuar trabalhando com gente do bem, como sempre tive a sorte de conhecer pelas empresas que passei (salve André, Vander, Lívia, Marquito, Elaine).

Talvez essa seja a pulga atrás da minha orelha. E esse fim de ano é a data que estipulei pra despejar ela de lá. Que um banho de sal grosso nessa virada de ano sirva pra tirar a pela morta da minha vida e trazer os louros que estão esperando por mim para serem colhidos.

Tenham um feliz Natal Branco e que 2010 seja um ano mais do que especial pra quem procura sempre fazer o bem, mesmo que olhando a quem.
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