24 de maio de 2011

Namorar pra que?

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Namorar pra que?

Não, não sou contra o namoro, pelo contrário. É a favor dele que solto essa frase. Não entendeu nada? Beleza, vamos começar do começo.

Hoje, na hora do almoço ouvi a seguinte frase:

Ser fiel pra que, xuxu? Não vale a pena, ouve o que eu te falo.

Desculpa, mundo, mas não consigo concordar. Mundo? Aliás, esse me intriga nesse quesito. Cada vez mais eu conheço menos gente que nunca traiu. Gente que eu nunca imaginei, gente que eu achava que não seria capaz... pluft! Já foi. E sempre 'acabou acontecendo'.

Ok, todos temos instinto, vontades, mas não sei, não somos seres humanos? Não é isso que nos diferencia do resto dos animais? Pode ser conservadorismo, e acho que realmente é. Pode ser que um dia eu pague minha língua, mas que realmente não. Essas situações de 'sem querer' eu até consigo me exercitar um pouco pra compreender. Mas tem aquelas pessoas que namoram, querem o título e tem um saco de galhada em casa pra colocar na cabeça do seu respectivo/sua respectiva todo dia.

Isso me assusta um pouco, porque me sinto totalmente fora do mundo. Será que sou realmente otário de acreditar em fidelidade? Ou mais do que isso, em sinceridade, honestidade, lealdade? Não estou condenando quem namora em um esquema 'relacionamento aberto'. Esses continuam sendo sinceros, honestos e leais, pois se propuseram a isso. Mas não consigo aceitar de bom grado chifre colocado forçadamente na cabeça do outro. Eu já fui traído por quem um dia amei e sei o quanto é ruim. O quanto você se desaponta com a pessoa e isso pra mim é pior do que raiva. Decepção é foda, pois bota os teus valores em jogo também.

Mas quando olho pra trás, não me arrependo nem um pouco por não ter traído nas várias oportunidades que tive (e olha que eram 'oportunidades de ouro'). Minha consciência é limpa e sei que fiz o meu melhor pra minha relação, mesmo que a outra pessoa tenha sido suja o suficiente pra fazer isso.

E é engraçado, porque estou escrevendo isso e sei o tanto de gente que vai ler e pensar no quão exagerado estou sendo, ou se estou sendo hipócrita, ou que não conheço nada da vida, sei lá. Vejo a cara das pessoas lendo isso (se chegarem até o final do texto). Então nesse post nem espero comentários. Mas precisava botar isso pra fora.

Sou careta, não acho traição legal e tenho orgulho disso.
Você gostando ou não. Você me achando inocente e utópico demais ou não.

Aliás, tem muitos outros sentidos onde sou careta, mas não vem ao caso agora. E acho engraçado também que por ter e manter esses valores, algumas pessoas acham que eu não faço nada mais ousado. E quando conto algumas coisas que já fiz, rola uma puta hipocrisia na célebre "sério? 'cê tá zuando!".
Eu posso brincar e experimentar várias coisas, mas alguns valores são meio enraizados em mim e acho que nem que eu tentasse ficaria bem. Eu não gosto de traição, assim como não gosto de drogas. E você vê gente que condena os drogados, mas é usuário. Você vê quem condena os gays mas é enrustido. Vê quem preza pela 'família e bons costumes' e trai.
E ainda acham hipócrita a Sandy fazer campanha de cerveja sem beber. Porra!

Voltando ao foco do assunto, não acho errado quem paquera, por exemplo. Paquera é um jogo de gato e rato que faz bem pro ego e só. Mas aí que tá! Tem que ter culhão pra brecar quando a coisa avançar o limite. Lembra da frase? "Não sabe brincar não desce pro play". Paquerar no metrô, retribuir aquela encarada na rua, não tem problema na minha visão. Mas daí a marcar encontro às escondidas tem um grande espaço.

E se você quer putaria, porque não optar pelos 'sex friends' ou 'friends with benefits' (amigos com benefícios), como são chamados? Pra que botar os sentimentos dos outros em jogo?



Porque não escolher um caminho só no cruzamento acima?
Quer putaria? Namorar pra que?

20 de maio de 2011

Carta aberta sobre a homofobia

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Essa discussão toda sobre o kit anti-homofobia que o MEC estuda distribuir em escolas, também apelidado de 'kit gay' pelos homofóbicos ainda está rendendo. Não bastam Bolsonaros e líderes de movimentos LGBT discutirem. O assunto toma uma esfera cada vez mais ampla. Isso é bom. Só assim a sociedade começa a discutir de fato o assunto e essa discussão (a saudável, eu digo) consegue gerar um desenvolvimento social muito grande.

Nesse cenário, recebi um e-mail um tanto quanto curioso de um endereço desconhecido. Não sei como chegaram ao meu endereço eletrônico, nem se é de fato um e-mail real.

Leia com atenção e vejam o que estão fazendo com nossas crianças;

Trechos do livro "Mamãe, Como Eu Nasci?", aprovado pelo MEC para alunos na faixa dos 10 anos;

"Olha, ele fica duro! O pênis do papai fica duro também?

Algumas vezes, e o papai acha muito gostoso. Os homens gostam quando o seu pênis fica duro."

"Se você abrir um pouquinho as pernas e olhar por um espelhinho, vai ver bem melhor. Aqui em cima está o seu clitóris, que faz as mulheres sentirem muito prazer ao ser tocado, porque é gostoso."

"Alguns meninos gostam de brincar com o seu pênis, e algumas meninas com a sua vulva, porque é gostoso. As pessoas grandes dizem que isso vicia ou "tira a mão daí que é feio". Só sabem abrir a boca para proibir. Mas a verdade é que essa brincadeira não causa nenhum problema".


O MEC distribuirá kit anti-homofobia em escolas públicas no segundo semestre;

Pelos cálculos do MEC, uma criança com sete anos de idade que chegar à escola e receber em mãos uma historinha de amor homossexual, terá menor probabilidade de tecer brincadeiras discriminatórias para com o coleguinha. Mas o que é difícil imaginar é o que se passará na cabeça de cada uma dessas criancinhas diante deste kit de orgulho gay do governo, será que a consequência vai ser a esperada pelo governo ou isto é uma propaganda de que é moda e normal namorar pessoas do mesmo sexo (Vejam foto exemplo abaixo).

http://cabecajovem.com/?p=1302

Até quando nós famílias, pessoas trabalhadoras com direitos e obrigações, padrões éticos e culturais, vivendo dentro dos bons costumes, ocupados com nossas vidas e dos nossos parentes próximos, sem tempo para reivindicar nossos direitos, deixaremos minorias radicais ditar novas regras padrões? Deixaremos também esta minoria ensinar nossos filhos? Vamos deixar que façam o que quiserem com nossas vidas e nosso país?

Este é um dos exemplos, de como coisas deste tipo são defendidas e aprovadas em função de pequenos grupos que tem voz ativa, pois na grande maioria por falta do que fazerem, ficam o dia inteiro a margem da sociedade trabalhando para modificar nossas vidas.

Outro exemplo é de um pequeno grupo que se dizem pertencer aos direitos humanos, que defendem o direito de bandidos, contraventores, estupradores (inclusive defendem os que praticam violência contra os homossexuais) enquanto nós cidadãos de bem que sofremos violências de todos os tipos somos privados o tempo todo dos direitos básicos, somos desrespeitados quanto à segurança, moradia, educação, saúde, etc. Quanto a isto não aparece nenhum radical para nos defender, e dar uma verdadeira ocupação para nossos queridos e ocupadíssimos congressistas e membros do nosso governo.

Ainda também poderemos citar os radicais ambientalistas que no Brasil, improvisam leis sem critérios técnicos, e se fossem aplicadas corretamente, hoje não teríamos alimentos em nossa mesa. Pois como disse, estes radicais sem conhecimento técnico aprovarão leis que não podem nem ser aplicadas e criaram um grande conflito e medo no setor agrário. Com facilidade aprovaram a nova cartilha mas não conseguem aprovar o novo código florestal que veio para corrigir os seus próprios erros.

Deixo bem claro que sou contra a homofobia . Gostaria que criassem leis mais rígidas e que punissem os praticarem deste ou qualquer outro tipo de crime, mas deixem nossas crianças fora disto.

Agora, como um pai preocupado eu peço a todos que receberem e lerem este e-mail:

Não vamos deixar estes radicais acabarem com nossas vidas e de nossos filhos.

Repasse este e-mail a toda sua lista e no dia 05/06 (Cinco de junho) vamos desligar durante 30 (trinta) minutos às 14:00hs o relógio de energia de nossas residências em sinal de protesto silencioso contra tudo isto mostrando e que não concordamos, e se preciso for vamos marcar uma data para colocarmos novamente tinta em nossa cara e vamos as ruas.


Sendo real ou não, esse e-mail despertou minha vontade de responder a tudo isso. É pouco, mas assim espero estar contribuindo com uma pequena parte na mudança (inevitável) do mundo para um lugar mais humano. A pressão em cima disso está forte. A questão, pra mim, é só quanto tempo isso vai levar pra acontecer, pois acontecer tenho certeza que vai. De qualquer maneira, me senti compelido a responder, vamos lá:

Boa noite.

Não sei como conseguiu meu e-mail, mas devo informar-lhe que você está enviando esse e-mail para um gay. Sou homossexual e não pretendo influenciar ninguém a ser gay. Assim como não acho que a sociedade deva influenciar as crianças a ser hétero. Porque eu sofri essa influência. E sei o quanto dói até você entender o que acontece com você e que isso é normal. Sim, "pai preocupado" sem nome, isso é normal, ninguém escolhe nascer gay numa sociedade preconceituosa. Então devo discordar do seu e-mail quando diz "será que a consequência vai ser a esperada pelo governo ou isto é uma propaganda de que é moda e normal namorar pessoas do mesmo sexo" e te responder que sim, é normal. Querendo ou não. A ciência já mostra que isso vem de identidade genética. Então assim como ser loiro não é anormal perante ser moreno, ser heterossexual não é anormal perante ser homossexual, e vice-versa.

Esse kit não é um "kit gay", como diz o título do seu e-mail. É um kit que faz parte de um projeto de combate à homofobia. É um kit que ajudará a sociedade no futuro (as crianças de hoje) a entender o quão errado é um ataque a homossexuais com lâmpadas somente pelo fato deles serem homossexuais. O kit tem a intenção de trazer uma maior conscientização à população de que a diversidade é parte da raça humana.

Não faço parte de nenhum movimento gay, nem nunca fui de levantar bandeira, pois assim como você não anda com um adesivo na testa dizendo "Eu sou hétero", acredito que eu não tenha que andar com um "Eu sou gay". Mas diante desses ataques homofóbicos absurdos e declarações mais absurdas e estapafúrdias ainda, como a do deputado Jair Bolsonaro, me sinto atacado, desmerecido como cidadão e perplexo de ver o preconceito tão forte e sólido em entidades que deveriam pregar o amor ao próximo, como religiões (sem nenhuma específica) e grupos de pais preocupados, como o do senhor.

Entendo a preocupação do senhor quanto à educação de seus filhos e admiro isso. Assim como admiro casais gays ou lésbicos que adotam crianças e tem as mesmas preocupações que o senhor tem em relação a seus filhos. Talvez até algumas preocupações a mais, como o preconceito que a criança sofrerá no cruel ambiente escolar por conta dos pais serem gays ou lésbicas. Tenha certeza que essa é uma preocupação desses casais e que eles com certeza gostariam de ter um mundo mais humano para os seus filhos, um mundo onde não interessa o que cada pessoa faz entre 4 paredes, não importa se ela tem desejos por homens ou mulheres. Nesse mundo ideal, o que deveria importar é o caráter da pessoa, seus valores e atitudes. Deveria importar o que a pessoa traz para o mundo. E garanto ao senhor que em qualquer 'grupo social' se encontram pessoas com bom e com mau caráter.

Falando nisso, devo discordar também de sua afirmação "na grande maioria por falta do que fazerem, ficam o dia inteiro a margem da sociedade trabalhando para modificar nossas vidas". Essa é uma visão que me assusta. Como já disse, eu sou gay. Trabalho no mesmo horário comercial que o senhor deve trabalhar. Sou graduado por uma universidade em São Paulo, moro sozinho e tenho curso e vivência no exterior, tudo pago somente com o meu esforço e por mim mesmo. Nunca recorri a ninguém para pagar as coisas pra mim. Tenho uma relação ótima com meus pais, amigos e familiares, que conheceram todos os meus namorados, mas mesmo assim, banquei tudo por conta própria. Tenho a minha vida, tenho "o que fazer", não fico o dia inteiro à margem da sociedade e muito menos fico trabalhando para modificar a sua vida. A não ser que você considere que quem trabalha honestamente contribui para modificar o andamento do país e por consequência de seus cidadãos, o senhor incluso. Então peço que o senhor tenha cuidado ao falar dessa maneira de "minorias", que não são tão minorias assim. Por menos que o senhor acredite, a população homossexual/bissexual é muito maior do que o senhor imagina. Só que muitos nunca se assumem, pois a sociedade está cheia de gente que, de graça, ataca homossexuais, seja com agressões físicas como as que ocorreram em São Paulo, seja com agressões verbais, como as declarações descabidas do deputado Bolsonaro.

Não sei se o senhor já teve a oportunidade de conhecer outros lugares fora do Brasil. Eu morei em Londres, uma das cidades mais visitadas e com maior relevância economicamente e politicamente no mundo. Não morei lá por causa disso, mas esse fato ilustra o que quero dizer. Cidades como essa, que tem um nível de desenvolvimento político e econômico avançado tem uma postura perante a assuntos sociais que fazem que com que a postura do meu amado Brasil seja retrógrada em muitos pontos. Não concordo com a premissa de que "o que é de fora é melhor do que o da gente, no Brasil". Pelo contrário, morando fora sei tudo de bom que esse país nos oferece. Mas infelizmente, em alguns pontos, principalmente de relacionamento humano, os europeus, considerados tão frios, são muito mais humanos e tem uma consciência muito mais respeitosa em relação ao "outro" do que nós, que somos tão conhecidos por ser um povo receptivo. Essas constradições me incomodam bastante e acredito fortemente que se esse tipo de consciência atingisse nossa população, teríamos um grande desenvolvimento não só social, mas político e econômico também. Tenha certeza que turistas se assustarão com a mentalidade muitas vezes medieval dos brasileiros, quando visitarem o país nos eventos esportivos de 2014 e 2016.

Como disse, como gay não quero levantar bandeira. Assim como acho que como hétero o senhor também não deva fazer isso.
Mas se como cidadão o senhor levanta uma preocupação sua, como cidadão levanto uma minha.
Dialogando, acredito que um dia possamos chegar num nível aceitável de respeito no Brasil. E é essa minha tentativa aqui.

Sou somente um cara pretendendo ser feliz, rotulado gay e fazendo valer seu direito de cidadão de ser respeitado.

Obrigado.

Rafael Leick

Caso eu receba um retorno desse e-mail, atualizarei o post. Espero que essa conversa não acabe por aqui. Sinta-se livre para usar o espaço de comentários nessa postagem para dar continuidade à discussão do assunto.

15 de maio de 2011

A saga para ser um NET Babaca

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Se você está pensando em comprar um serviço de TV por assinatura + Internet + telefone em São Paulo, pense 40 vezes antes de escolher a NET. Entenda um pouco da minha saga.

Depois de pesquisar algumas operadoras, descobri que havia uma consultora/vendedora da NET, a Rita Amaral, que atendia o meu novo prédio. Liguei pra ela, ela me atendeu bem, mas não tive nenhum preço mais baixo como achei que teria por ter um atendimento em condomínio. Fechei um pacote com ela, um dos mais básicos, só pra eu conseguir ter um acesso à Internet, que era minha intenção inicial.

Foi agendada a instalação para 07/05/2011, sábado pré-Dia das Mães, entre 12h e 18h. Como sempre acontece com todo mundo, tive que ficar plantado em casa o dia todo esperando. Por orientação da vendedora, liguei às 8h para a central de agendamento para confirmar a instalação. A atendente me confirmou. Por volta de 12h, recebi uma ligação da central confirmando novamente a instalação. Às 16h30, a central me liga informando que não fariam mais a instalação naquele dia. Informei a ela que só fechei o pacote com eles porque a instalação havia sido prometida para aquele sábado, pois durante a semana não poderia atender. Ela me perguntou se poderia ser feito depois das 18h, na intenção de que eu respondesse que o condomínio não autorizaria. Mas eu já tinha conversado no condomínio e eles já haviam me autorizado a instalação pós-18h. Ela me enrolou mais 1h30 e disse que não tinha conseguido agendar para aquele dia. Ou seja, deixei de sair pra comprar o presente de Dia das Mães pra minha mãe por conta disso e fiquei sem Internet, sem TV, sem telefone e minha mãe sem presente.
Notem que todas essas ligações (entre 10 e 20 minutos cada, recheadas de "só um momento, senhor") estavam sendo feitas do meu celular, já que o telefone fixo ainda não havia sido instalado.

No final das contas, pedi para que um amigo ficasse aqui em casa para receber a instalação na quarta-feira, 11/05/2011. Reagendei a visita para esse dia no período da manhã (das 8h às 12h). Pedi para que fosse feito no primeiro horário, já que meu amigo tinha se disponibilizado para ficar aqui. As (más) atendentes da central de agendamento (Aloísia, Vivian e Tássia) 'nada podiam fazer' para recompensar um cliente pela incompetência da empresa. Nesse período, encontrei os perfis da NET no Twitter (pode reclamar: @NEToficial e @NETatende), vi um monte de gente reclamando pelo mesmo motivo e endossei o coro. Na terça, 10/05/2011, recebi uma ligação do atendimento da NET do Twitter, no meu celular e a atendente quis ouvir o que tinha acontecido. Expliquei a situação pra ela, informei o reagendamento para o dia seguinte e ela disse que eu podia ficar sossegado, que a partir de então eles estariam monitorando a situação e que seria registrado um pedido de urgência para o atendimento no primeiro horário.

Na quarta-feira, 11/05/2011, liguei às 8h para confirmar a instalação. Eles me confirmaram, inclusive o pedido de urgência. Meu chamado realmente foi o primeiro atendimento do técnico Alisson, mas o detalhe é que quarta-feira é rodízio dele, então o primeiro atendimento (o meu) ele iniciou às 10h20. Isso pôde ser ouvido numa conversa dele com outro técnico por celular enquanto ele realizava a instalação. Da hora que ele chegou, verificando os cabos, ele demorou cerca de 20/30 minutos para 'pegar os modems no carro'. Ele deve ter aproveitado pra tomar um café. Afinal, né gente, 10h é quase madrugada!

A instalação terminou quase 11h30 da manhã. A Internet estava funcionando, o telefone eu não tinha como testar, pois estava sem o aparelho e a TV estava funcionando somente os canais abertos. De acordo com o Alisson, os canais demorariam cerca de 40 minutos para serem liberados e sintonizados, então não deveríamos desligar da tomada. Assim foi feito. Quando cheguei do trabalho à noite, os canais ainda não estavam funcionando. Na mesma hora liguei (do celular novamente) para o atendimento NET e o rapaz (Alisson também, por sinal) tentou solucionar o problema via telefone, fazendo testes por lá, em uma ligação que também beirou os 20 minutos. Ele não resolveu. E disse que teria que agendar um retorno do técnico à minha residência (protocolo de atendimento 003110525111815). Depois de muito stress, reagendei para domingo, hoje, 15/05/2011, entre 12h e 18h.

Hoje por volta de 12h liguei para a central (dessa vez já do meu 'super' NET Fone) e falei com a Ingrid (protocolo de atendimento 003110527504439) para confirmar a visita técnica. Ela me confirmou e disse para aguardar que o técnico viria hoje. Enquanto esperava ser atendido pela Ingrid, a gravação eletrônica me informou que eu poderia fazer muitos serviços pelo site da NET, inclusive confirmar e reagendar visitas técnicas. Depois de desligar tentei, então, me cadastrar no site, sem sucesso. Tanto na hora que liguei pra Ingrid quanto na hora que tentei me cadastrar, o sistema dizia que meu código NET estava incorreto. Liguei novamente para eles e, em mais uma ligação de 20 minutos, a Tatiana tentou fazer o cadastro, não conseguiu e disse que passaria para a supervisora dela (protocolo de atendimento 003110527508042), que liberaria meu cadastro em 24h. Essa supervisora desconhecida foi a única que cumpriu prazos desde o início do meu contato com a NET. Por volta de 17h30, ainda esperando o técnico, tentei me cadastrar no site e tive sucesso. Entrei na área de visitas técnicas e não constava nenhuma agendada.

Liguei novamente para a central e dessa vez quem me atendeu em mais 20 minutos de NET-Tortura foi o Jorge (protocolo de atendimento 003110527567147) que me disse que não sabia porque não estava aparecendo no site, mas eu podia ficar tranquilo que o técnico apareceria. Nas palavras dele: "pode até passar um pouco das 18h, mas que ele vai, ele vai, fique tranquilo". Eu, tranquilamente, manifestei minha intenção de cancelar o contrato caso ninguém aparecesse, assim como fiz com a Ingrid mais cedo. Ele registrou isso no sistema, de acordo com ele. Enquanto ele fazia o registro, pude ouvir uma outra atendente falando com outro cliente. Falando não, ela estava gritando com o cara, e assim que desligou, a fala dela foi a seguinte: "A NET agradece tenha uma boa noite. Seu filho da puta, babaca do caralho, vai tomar no seu cu", seguida por risadas das demais atendentes que deveriam estar fazendo seu trabalho. É esse o atendimento da NET, minha gente.

Pois bem, passadas 1h15, já depois das 19h, liguei novamente para a central de atendimento, para saber se o técnico ainda estava vivo ou tinha sido abduzido por extra-terrestres. Para minha não-surpresa, o Fábio me informou que 'realmente o técnico não vai poder comparecer à sua residência, para quando podemos reagendar a visita, senhor?" (protocolo de atendimento 003110527606853). Minha perplexidade com a cara-de-pau desses cidadãos explodiu. Mas não importa o que eu dissesse, a única coisa que o Fábio sabia responder era "teremos que reagendar a visita, senhor, para quando podemos reagendar, senhor?". Minha vontade era mandar ele enfiar o senhor, a visita e o técnico tudo em um só lugar, mas disse que não iria reagendar, iria entrar em contato com a Anatel, o Procon e os demais meios que conseguir e em muito breve realizar o cancelamento.

Assim que tiver novidades sobre a saga, esse post será atualizado. Todas as informações ficarão registradas.
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